Qual a importância do alongamento para o bebê?
Além de servir como um momento relaxante e de conexão familiar, fazer massagens e alongar o bebê é uma atividade importante para estimular o uso da musculatura desde o nascimento.
Quando nascem, os pequenos estão acostumados a ficar em uma posição encolhida, similar à que eles estavam acomodados no útero. Por isso, inserir exercícios de alongamento na rotina é uma prática importante para ajudar o bebê a chegar aos marcos de desenvolvimento adequados.
Conheça alguns exercícios para serem feitos em família com recém-nascidos e bebês.
Massagem e alongamento
Nas primeiras semanas, o bebê ainda está reconhecendo seu corpo e começando a aprender, aos poucos, a controlar seus movimentos.
Vale começar com exercícios simples, como esticar levemente e depois flexionar os braços e pernas do bebê enquanto ele está deitado de costas. Uma boa brincadeira é o exercício de bicicleta: flexiona-se e depois se estica uma perna do bebê de cada vez, como se ele estivesse pedalando. Massagens também são bons momentos de interação.
Aos poucos, você pode introduzir exercícios como rolar o bebê para um lado e para o outro, sempre com a mão apoiando as costas do pequeno. Mover brinquedos de um lado para o outros também o ajuda a aprender a rolar. Esse tipo de exercício é indicado a partir dos quatro meses.
“Tummy time”
Desde o nascimento e principalmente por volta dos dois meses de vida, o bebê pode ser incentivado a deitar de barriga para baixo – essa prática importante ganhou o apelido de “tummy time”, do inglês. De início, o recomendado é colocar o bebê de barriga para baixo sobre o seu peito. Ele se sentirá mais seguro para permanecer nessa posição.
Assim, gradualmente ele reforça a musculatura do pescoço e começa o movimento de levantar a cabeça por conta própria. Usar brinquedos coloridos e que façam som, assim como conversar com o bebê são outros estímulos que ajudam a manter a atenção e promovem o movimento dos olhos e da cabeça.
Ainda de barriga para baixo, é possível puxar levemente os braços do bebê para trás, um de cada vez. Dessa forma, ele começa a aprender a levantar o peito e a manter o pescoço ereto.
Aos três meses, o bebê deve conseguir se apoiar nos cotovelos. Cuide para que o bebê não adormeça de barriga para baixo – a posição é perigosa e é contraindicada pelos médicos.
Aprendendo a sentar e engatinhar
Para fortalecer a musculatura do pescoço, outro incentivo importante é ajudar o bebê a sentar. Apoie as costas dele em alguma superfície – uma boa ideia é apoiá-lo em você mesmo, para ter maior controle – e, com brinquedos na altura da linha de visão, estimule o bebê a permanecer ereto.
Depois de aprender a rolar, a sentar e de se acostumar a permanecer de barriga para baixo, o bebê vai aos poucos começar a engatinhar. Em geral, os bebês conseguem rolar sozinhos e sentar com apoio a partir dos seis meses de vida.
Outro exercício que pode ser feito utiliza uma almofada em formato de rolo como apoio: colocando a almofada sob a barriga do bebê, segure um brinquedo e fique na linha de visão dele. Ele vai tentar alcançar você e vai fazer o movimento com os braços que é necessário para engatinhar.
Rumo aos primeiros passos
Aos 18 meses de idade, o bebê deve ser capaz de caminhar. Para ajudá-lo a chegar nessa etapa do desenvolvimento, é preciso aos poucos promover exercícios para fortalecer as pernas.
Ajude o bebê a ficar de pé com as duas pernas firmes, segurando as mãos dele. O exercício pode começar com o bebê sentado: segure as mãos dele e balance-o para frente e para trás. Aos poucos, estimule ele a se levantar.
A partir dos 10 meses, o bebê já pode começar a tentar andar na ponta dos pés. Certifique-se de que ele tem apoio e está seguro para não cair.
Quando o bebê não atinge um desses marcos do desenvolvimento motor, é necessário buscar uma consulta médica para avaliar o que está acontecendo. O atraso pode estar relacionado a alguma condição de saúde, e o acompanhamento precoce com fisioterapeuta ajuda o bebê a se desenvolver ao seu máximo potencial.