O que fazer quando bebê mamar no peito após ter sido apresentado à mamadeira?
Esse é um dos maiores receios da mãe: como fazer o bebê mamar no peito após ter sido apresentado à mamadeira? Isso acontece e muito. Às vezes, por algum motivo, a mãe para de amamentar no peito, oferece a mamadeira e parece ficar mais difícil do bebê aceitar o retorno para o peito. E por que isso acontece? Porque na mamadeira, o leite sai mais rápido, sem muito esforço do bebê.
Eu acredito ser possível voltar para o peito quando isso acontece. No entanto, precisamos de conhecimento e ajuda. E quem explica melhor pra gente sobre esse tema, é a nossa colunista e especialista em aleitamento materno, Dayse Cristina. Confira e compartilhe! 😉
O que fazer para o bebê mamar no peito mesmo após ter sido apresentado à mamadeira?
Um dos maiores questionamentos que recebo como Consultora de Amamentação é, se haveria a possibilidade de retomar o aleitamento materno direto ao seio, já que o bebê está mamando na mamadeira.
Respondo prontamente: Não sei. Mas, podemos tentar, vamos?
A maior questão neste sentido, envolve um entendimento amplo sobre o funcionamento do processo de amamentação. E, se os bicos artificias, mais especificamente a mamadeira, impactam no mesmo.
A cavidade oral, boquinha do bebê, pode sofrer impactos diretos advindos do uso da mamadeira. Quando amamentado diretamente no seio, o bebê utiliza os mesmos músculos da mastigação. Assim, se preparando para um processo alimentar de sólidos no futuro. Para a ingesta feita com a mamadeira, os músculos utilizados são diferentes e, o bebê, faz menos força para o trabalho mecânico orofacial.
Além disso, a mamadeira nos apresenta uma questão específica, a do fluxo mais rápido e mais intenso. Como assim?
Para entender sobre o fluxo é necessário compreender sobre a ação da ocitocina no processo de amamentação.
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Com uma pega correta da boquinha do bebê ao seio da mãe, os estímulos de sucção acionam a hipófise, onde são liberados hormônios responsáveis pela produção (prolactina) e ejeção (ocitocina) do leite materno, através dos ductos.
Esse processo demora um tempo para que tenha uma resposta e aconteça, mais precisamente, alguns minutos. É necessário o estímulo adequado para que, o corpo responda com a atuação da hipófise e, alimente o bebê. Já a mamadeira apresenta o fluxo imediatamente.
O bebê em fase de desenvolvimento e com novas percepções começa a compreender que na mamadeira faz menos força e tem resposta mais rápida, estando mais próximo do risco de afastar-se do seio materno.
Desta maneira, o bebê que utiliza a mamadeira para retornar ao seio materno requer um trabalho intenso de fluxo com a mãe. Esse é um processo que deve ser muito acompanhado, conduzido e reiterado.
Com algumas técnicas trabalha-se, avaliando a resposta ao estímulo apresentado para a mãe, objetivando uma melhor ejeção do leite materno (fluxo), em conjunto com as tentativas de acesso do bebê ao seio.
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Importante destacar, que a utilização de apetrechos destinados à amamentação deve sempre ser devidamente orientada, evitando lesões e traumas impactando, ainda mais, a amamentação, por exemplo, a bomba extratora.
Por fim, a retomada da amamentação e o acesso ao seio materno, para um bebê que conhece o fluxo de uma mamadeira é uma possibilidade que, requer direcionamento e acompanhamento preciso para a díade, mãe e bebê.
Para muitas mães é importante essa oportunidade de rever o processo e reconduzi-lo como entender melhor. Afinal, sabemos que “não há receita de bolo para a maternidade” e que se há possibilidade, vale a pena tentar.
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