Como amamentar bebês com fissuras?
Amamentação é uma das dúvidas mais frequentes sobre crianças que sofrem com lábio leporino e fenda palatina, ou ainda as duas deformidades juntas (o que chamamos de fissura labiopalatina).
O aleitamento materno é extremamente importante e traz diversos benefícios para a saúde do bebê. Por isso, deve ser priorizado sempre que possível – inclusive crianças que nascem com anomalias.
A boa notícia é que tanto a fissura labial quanto no céu da boca podem ser corrigidas com cirurgia. Porém, esse procedimento pode demorar alguns meses ou até dois anos para ser realizado, dependendo da deformidade.
Neste tempo de espera, alimentar o bebê é como um desafio, mas não é impossível.
Vamos abordar ao longo deste conteúdo algumas maneiras para possibilitar e facilitar a alimentação da criança nesse período!
Essas informações podem ajudar a garantir melhor qualidade de vida para o paciente e seus familiares.
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Lábio leporino e fenda palatina: o que são essas anomalias?
Antes de entender sobre o aleitamento, é importante saber identificar o que são essas anomalias.
Essas fissuras não são iguais:
- O lábio leporino é caracterizado por uma ou mais aberturas e descontinuidades nas estruturas do lábio, podendo ter tamanhos e localizações diferentes;
- Já a fissura palatina, também conhecida como fenda palatina, são deformidades no palato, que acontecem quando o tecido que compõe o céu da boca não se une durante o desenvolvimento do feto;
- As fissuras labiopalatinas se dão quando essas deformidades anteriores acontecem no mesmo paciente.
Todos esses casos podem ser diagnosticados a partir da 18ª e 22ª semana de gestação por meio de um exame de ultrassom morfológico.
O tratamento se inicia com a cirurgia, que em casos de lábio leporinos pode ser realizada aos três meses se o paciente tiver pelo menos 5 quilos de peso.
As crianças com fendas palatinas precisam esperar um pouco mais para fazer a correção, já que a recomendação é fazer a cirurgia em torno de 11 meses de idade.
Após esse procedimento, o tratamento multidisciplinar continua até os 18 anos de idade da criança.
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Como dissemos, amamentar esses bebês não é impossível. Porém, apenas os pacientes com fenda labial podem receber o aleitamento materno.
A ingestão do leite materno proporciona muitos nutrientes, evita diarreia, infecções respiratórias, diminui o risco de alergias, diabetes, colesterol alto, hipertensão, entre outros benefícios.
Além disso, promove o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê.
Então, conheça algumas formas de que possibilitam e facilitam este momento tão importante.
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Adeque a posição
A posição pode ajudar e muito os bebês no momento da amamentação.
Caso o bebê tenha fenda labial é importante que os lábios do recém-nascido estejam bem juntos ao bico do seio e da aréola. Assim, a mama vai “fechar” a fenda.
Algumas dicas: deixar o bebê sentado de frente para o corpo da mãe pode ajudar.
Outra maneira é posicionar o bebê com a cabeça no colo e a mãe inclinar corpo sobre ele.
Um método bastante eficiente é apertar levemente as bochechas nas laterais. Isso facilita o contato entre os lábios, fechando a fissura.
Os bebês com fenda palatina não conseguem sugar o leite materno, por isso, a alimentação suplementar pode ser o ideal nesses casos.
É importante ressaltar que não é recomendado deitar a criança durante o aleitamento, porque o leite pode voltar para o nariz, facilitando as infecções de ouvido e outros problemas.
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Recursos suplementares
Em casos mais delicados em que o bebê não consegue sugar o leite materno, uma alternativa é alimentá-lo com outros recursos.
A mãe pode tirar o leite com as bombinhas disponíveis no mercado e dar ao bebê por meio de mamadeiras ou mesmo uma colher ou um copo.
Dessa forma, a criança continuará recebendo os benefícios que somente o leite materno pode oferecer a todo bebê.
Vale ressaltar que é importante consultar um médico ou um fonoaudiólogo para chegarem a uma opção ideal que seja benéfica para a criança e familiares.
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O tratamento dessas anomalias podem recuperar 100% o paciente, por isso, são medidas temporárias até que o bebê passe pelas cirurgias. Mas são muito importantes!