{Alerta!} 5 produtos de bebê que parecem inofensivos, mas exigem atenção
Quando o assunto é montar o enxoval do bebê ou comprar qualquer coisa para os filhos, a maioria das mães, especialmente aquelas de primeira viagem, acaba extrapolando e adquirindo itens desnecessários. Mas tem um outro problema que vai além de itens que vão ficar lá encostados ou guardados na gaveta: o daqueles produtos de bebê que parecem inofensivos, úteis ou bonitos, mas que podem trazer algum risco à saúde das crianças! Ou seja, produtos que parecem a oitava maravilha do mundo da maternidade e que já até fizeram bastante sucesso entre as mães, mas que deveriam ser evitados – e em alguns casos são realmente proibidos.
Abaixo eu listei alguns deles e conto porque eles são contra-indicados ou devem ser usados com cautela por bebês e crianças.
1 – Andador
Os andadores fizeram muito sucesso há algumas décadas (inclusive é bem provável que você tenha usado um quando criança), pois consideravam que ele era um bom instrumento pra incentivar os bebês a andarem mais rapidamente, além de permitir certa liberdade para os bebês e as mães.
Mas nos últimos anos, cientistas e pediatras do mundo todo têm condenado o uso do produto, justificando que ele provoca exatamente o contrário, ou seja, pode atrasar os primeiros passos do bebê, além de colocar em risco a segurança e saúde das crianças. Entre os motivos para não usar o andador, está o perigo de acidentes, principalmente em degraus e escadas. Por ser a parte mais desprotegida no andador, a cabeça do bebê costuma ser a mais atingida nessas quedas, provocando de ferimentos leves até mesmo traumatismo craniano.
Sem falar que pesquisas já indicaram que o uso do andador por bebês na fase dos primeiros passos ou de engatinhar pode acabar atrapalhando o desenvolvimento motor, pois não permite que o bebê aprenda o equilíbrio e a postura adequada para começar a andar. Ou seja, acredito que os benefícios não valem os perigos e riscos que estão por trás do uso do andador, não é? Para saber mais sobre o uso deste item, tem um post bem explicativo com informações e dicas de uma fisioterapeuta lá no blog A Mãe Coruja, da Débora.
2 – Chupetas/Mamadeiras decoradas
Você já deve ter visto e talvez até se encantado com as chupetas decoradas com strass, perólas e cristais. Mas a verdade é que todos esses enfeites escondem um perigo para os bebês. Na maioria das vezes, as chupetas customizadas não passam por testes de segurança nem têm o selo do Inmetro, por serem produtos artesanais. Sem esse controle, fica difícil atestar a qualidade dos produtos utilizados pra personalizar os itens e os riscos aumentam.
Pediatras alertam para o perigo dessas pedrinhas e cristais se desprenderem e serem engolidos ou aspirados pelo bebê, provocando engasgos ou asfixia. Sem falar que a cola utilizada também pode provocar casos de intoxicação ou alergia, como bem lembrou a odontopediatra Paula Baião nesse post do blog Mammys (que trás outras informações sobre esse assunto também). Ou seja, acredito que a “beleza” dessas chupetas personalizadas não vale o risco que elas podem oferecer aos nossos bebês, né? Procure sempre por produtos com o selo do Inmetro, pois isso garante que ele passou por testes e foi aprovado para o uso.
3 – Protetor de Berço
Assim como acontece com o andador, o uso do protetor de berço não é consenso entre as mães. Com novas informações e pesquisas sendo divulgadas sobre este assunto, é cada vez maior o número de mães que estão deixando de usar esse item, que é um dos primeiros a serem comprados na hora de montar o enxoval do bebê. Eu mesma fui uma das que utilizaram o “kit berço” nos primeiros meses da Clara, mas provavelmente não compraria novamente numa nova gravidez. Mas afinal, o que há contra os protetores de berço? Eles são tão fofos, ajudam na decoração do quarto e, aparentemente, protegem o bebê de acidentes com as grades do berço, não é?
Pois então, os protetores de berço não são recomendados por alguns motivos: aumentam os riscos de sufocação (o bebê pode virar o rosto e ficar com o nariz e a boca presos em baixo do protetor, dificultando a respiração), podem servir de apoio para o bebê escalar e pular do berço, além de acumularem pó e impossibilitarem a circulação do ar dentro do berço. Aqui tive duas experiências assim: num dos primeiros dias da Clara em casa, não me perguntem como, ela acabou virando a cabecinha e a peguei com o rosto embaixo do protetor lateral (o meu era daqueles bem “recheados”, portanto ocupavam uma boa parte do berço). Foi um susto danado e já me deixou alerta – e pensando em tirar o protetor. Depois de uns meses, no pico do verão, percebia que a Clara soava lá dentro do berço, pois o protetor não deixava circular o ar. Resumo, com uns três meses de uso, quase todo o kit já estava guardado no armário.
Por isso minha dica é: caso você faça mesmo questão de ter um kit berço, procure pelo modelos mais fininhos, que ficam presos bem rente às grades do berço, isso já diminui bastante os riscos de sufocamento ou acidentes com o bebê maiorzinho.
4 – Faixas, tiaras e acessórios para a cabeça
Recentemente, uma publicação do médico osteopata José Eduardo viralizou no Facebook. Nele, o médico compartilhava um relato de atendimento a um bebê com quadro de refluxo e insônia, que podem estar relacionado, segundo ele, a compressão com uma tiara de um nervo na cabeça (o nervo vago) que comanda o sistema gastro.
Ele diz: “Estudos já comprovaram que os ossos do crânio se movimentam e no bebê esse movimento é facilmente percebido, no momento do nascimento todos os ossos do crânio são constituídos por um só tecido, a ossificação não está formada e isso permite uma flexibilidade articular imprescindível para o funcionamento de todo corpo. Diferentes fatores podem perturbar o movimento e a flexibilidade do crânio do bebê, um desses fatores pode ser essa FAIXA. Os bebês, em alguns momentos dão sinais que a FAIXA está incomodando e interferindo em outros sistemas do corpo:
– O bebê se movimenta muito para tirar a faixa;
– O bebê muda o comportamento podendo ficar inquieto ou sonolento;
– No dia em que usou a faixa dorme mal;
– No dia que usou a faixa aumenta o refluxo gastroesofágico;
– Alteração do funcionamento do sistema gastrointestinal.”
Apesar de não haver pesquisas que comprovem a correlação desses sintomas ao uso dos acessórios na cabeça do bebê, como em tudo, vale aqui o bom senso! Se quiser usar faixas, tiaras ou mesmo bonezinhos no seu bebê, fique atenta pra que não esteja muito apertado e observe se não o está incomodando de alguma forma. Afinal, sempre melhor prevenir, né?
5 – Talco
Na época de montar a lista de itens que seriam pedidos no meu chá de bebê eu não fazia ideia que o talco em pó, aquele famoso produto da minha infância, já estava caindo em desuso e, mais que isso, sendo contra indicado pelos pediatras. De fato, mesmo sem saber disso, o único pote de talco que eu ganhei não foi usado nenhuma vez para os fins originais, o de manter o bumbum do bebê sequinho e sem assaduras (em compensação, ele ainda serve como um bom “shampoo à seco” para os meus cabelinhos de vez em quando…hahaha). Bom, mas porque o talco em pó – ou pó de talco é perigoso?
Recentemente, uma grande polêmica em torno do produto se deu, depois que a Johnson & Johnson foi condenada pela Justiça americana a pagar 72 milhões de dólares para uma família pela morte de uma mulher de 62 anos que teve câncer nos ovários, após fazer uso por muitos anos do talco na região genital. Segundo algumas pesquisas, foi identificada uma relação entre o uso do produto e o câncer, embora ainda não haja uma comprovação absoluta.
Mas se essa “suspeita” ainda não é motivo suficiente pra você abandonar o uso do talco no bebê, aqui vão mais alguns:
– Problemas respiratórios pela inalação dos pós de talco.
– Síndrome respiratória crônica derivada da inalação dos pós de talco, conhecida como Talcose. – Irritação dos olhos.
– O uso excessivo de pós de talco resseca a pele do bebê.
E aí, se convenceu? Melhor riscar esse item da sua listinha do enxoval ou, se já tiver aí, usar o talco como shampoo a seco mesmo..rs
Bom, esse foi o nosso “top 5” de produtos que devem ser evitados ou banidos da sua casa e da rotina com seu filhote. Sei que alguns deles ainda são muito utilizados e que muitas mães podem achar exagerado falarmos em bani-los, mas lembre-se sempre que a segurança e a saúde do seu filho devem vir acima de tudo.
Espero que as informações deste post sirvam, pelo menos, pra vocês tomarem conhecimento e ficarem mais alertas.