Bebês podem dormir com cobertor? Conheça os riscos desse hábito
Você já se perguntou se o seu filho está realmente seguro durante o sono? Embora pareça esconder poucos perigos, o berço pode sediar acidentes fatais se não for organizado de maneira adequada.
Nessas horas, uma peça que costuma causar dúvidas é o cobertor.
Para muitas famílias, esse item parece um aliado para manter o bebê aquecido ao longo da noite. Entretanto, não é bem assim: na prática, o berço mais seguro é justamente o mais vazio.
E aí, pode ou não cobrir o bebê?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), para reduzir os riscos de sufocamento, os bebês devem dormir sem nenhum cobertor, travesseiro, pelúcia ou qualquer outro objeto dentro do berço. Além disso, devem ser colocados de barriga para cima em um colchão firme e bem preso ao berço. As recomendações devem valer pelo menos até os 18 meses de idade.
Mas, por quê? A resposta é simples. Os bebês não têm habilidades motoras nem força suficiente no pescoço para escapar de uma situação
que comprometa a sua respiração. Por essa razão, também não devem dormir na mesma cama que os adultos.
É importante destacar que a síndrome da morte súbita do lactente é a principal causa de óbito de bebês com menos de um ano. A condição é frequentemente atrelada ao uso de cobertores durante o sono.
Como manter o bebê aquecido durante a noite?
Engana-se quem pensa que o cobertor é a única alternativa para aquecer o bebê nas noites frias. Na verdade, a principal medida para escapar da friaca é a climatização do ambiente. O ideal é que o quarto esteja regulado entre 23 e 25 graus para manter a temperatura corporal estável.
Outra etapa fundamental é a escolha das roupas. A recomendação é optar por peças leves e confortáveis, feitas para dormir. É importante selecionar pijamas de tamanho adequado e verificar se há algum botão, zíper ou fio que possa incomodar a criança durante a noite. Vestimentas de uso cotidiano devem ser evitadas.
Por via de regra, o bebê deve estar com uma peça de roupa a mais do que um adulto usaria naquele ambiente. Mas, cuidado: o exagero nas camadas e o uso demasiado de aquecedores também podem ser prejudiciais. Um sinal de que o pequeno está mais agasalhado do que deveria é o suor na nuca.
Saco de dormir: inimigo ou aliado?
Cada vez mais popular, o saco de dormir é basicamente uma mantinha costurada embaixo, que mantém a cabeça do bebê para fora, simulando um casulo. Esse item é uma alternativa mais segura para a técnica do “charutinho”, pois permite que os pequenos se mexam tranquilamente sem o risco de se descobrir.
A peça é recomendada desde o nascimento até os 18 meses. No entanto, é preciso prestar atenção ao melhor modelo na hora da compra. Afinal, o produto deve ter o tamanho adequado para cada idade e o tecido ideal para cada estação.
E como saber se o bebê ainda está com frio?
Para avaliar a temperatura corporal do bebê, a melhor alternativa é analisar o tronco e o abdômen. As extremidades, por outro lado, costumam ser um pouco mais frias por natureza, portanto, nem sempre são uma boa referência.
Uma boa estratégia é aplicar um termômetro nas axilas. Se o visor apontar um valor entre 36° e 37° é porque o bebê está aquecido adequadamente. Já se o resultado for inferior aos 36°, considere aquecer o ambiente ou colocar mais uma camada de roupas no seu pequeno.